terça-feira, 30 de julho de 2013

Do grego: Se estressar de graça.

Existem várias formas de se expressar.
E em todas elas você, involuntariamente, está imprimindo sua opinião sobre certo assunto.
E opiniões são formadas com base na sua vivência, nos seus interesses e na sua visão de mundo.
Até aqui, nada de novo.
(E na verdade, nada que eu escrevo é novo. São apenas coisas que passam pela minha cabeça)

A palavra OPINIÃO é muito forte.
Uma palavra que causa certa expectativa, às vezes um medo.
Sabe aquela situação que você fez algo, que não tem certeza se está certo ou errado e vem seu amigo e diz: Posso dar minha opinião?
Dependendo de quem for, me cago.
Sempre quando pedimos uma opinião, ou compartilhamos algo para obter a dita cuja, queremos ouvir o que nos convém. Faça o teste.
Mesmo que não seja exatamente o que queremos fazer mas, que vindo de alguma pessoa na qual confiamos, isso nos dar força para seguir um caminho melhor.

E todo mundo tem opinião sobre tudo.
Uma olhadinha no facebook pode comprovar isso.
E acho ótimo que todos tenhamos opiniões mesmo.
Isso é um sinal – ou deveria ser – que estamos realmente procurando nos informar do que está acontecendo fora do nosso umbigo.

Mas como tudo na vida, emitir nossa opinião também tem dois lados .
Exceto tudo o que configura desrespeito e desamor que vem sempre de gente egoísta e ruim, sem exceção.  (ops, opinei)
E atingir um desses lados acaba ferindo pessoas porque, na maior parte das vezes, generalizamos.
Infelizmente é inevitável.

Outro agravante da emissão de opinião, é que há pessoas que simplesmente não aceitam opiniões. E não aceitar opinião é puro e simplesmente discuti-las.
Se a opinião é formada com base na vivência, interesses e visões pessoais, vamos acabar nos confrontando com opiniões adversas às nossas.

Pensando sobre tudo isso e visando minha saúde e bem estar , decidi evitar ao máximo emitir minha opinião sobre qualquer assunto polêmico, ou em que eu não fui requisitada diretamente para tal.
É um exercício árduo para uma pessoa prolixa como eu mas estou lutando bravamente.
É difícil ver algumas confissões, frases imbecis, fotos bizarras e reclamações escrotas todos os dias e fingir que não viu.
Não é fácil. Mas posso dizer que esta atitude tem me ajudado a ser uma pessoa mais feliz.

Acho que todo mundo deveria, ao invés de esbravejar pelo mundo (da internet), imprimir suas escolhas e opiniões nas suas ações. Agindo como um ser humano melhor, mais humano.
Mas como prometido, não vou ficar opinando por aí.


Só às terças. E por aqui.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Essa tal felicidade

No fundo, no fundo, o objetivo de todo o ser humano é ser – de alguma forma – feliz.
De maneiras e com visões diferentes, matamos um leão por dia para alcançarmos o nosso objetivo.
Mas somos seres constantemente insatisfeitos.
Se para ser feliz você precisa comprar sua casa - e você consegue uma - quer uma mansão.
Se é um carro, está sempre querendo um maior/melhor/mais caro.
E por aí vai.

O problema é que todos esses desejos demandam muita luta para pouco tempo de satisfação.
Ou seja, você demora anos para ter a casa própria e aquele sentimento de felicidade que não cabe no corpo dura meses ou alguns dias e, vez ou outra, quando sobra o dinheiro que antes era destinado ao aluguel.
É um sentimento que não é constante, é avulso.
Mas existe uma maneira de ser feliz mais vezes e a curto prazo.

O orgasmo obtido numa relação sexual nada mais é do que um momento de felicidade.
E não to falando de amor. Esse papo é com o Marcinho.
Durante uma transa sempre rola um sorrisinho de canto de boca – quando não, uma gargalhada. Até uns gritinhos eufóricos.
Gozar é o momento em que todos nós somos felizes.
E muitas vezes, sem que esperássemos por isso.

Não é uma maravilha ser feliz na segunda de manhã? Antes de ir para o trabalho e aguentar todas as buchas que ficaram do fim do dia na sexta?
Ser feliz na quarta-feira, com uma chuva torrencial caindo depois de um dia cheio de trabalho.
E ser feliz naquele domingo preguiçoso, com Faustão na TV falando bobeira e o Gugu fazendo drama pra entregar a reforma da casa para o moço desempregado?

Dá pra ser feliz em qualquer dia da semana!
Independente se vão ligar avisando que o financiamento foi aprovado ou que aquela compra do aliexpress chegou corretamente.
Dá pra ser feliz com ou sem dinheiro.                          

Ninguém é feliz o tempo inteiro.
Nem de um jeito, nem de outro.
Mas não precisamos esperar tanto para que isso aconteça.
Então, foda-se. E seja feliz!


Nem que isso dure só alguns minutinhos...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sobre panos de prato e greve de sexo

Outro dia, em pleno 2013, li uma espécie de desabafo de um autor desconhecido sobre a complexidade das mulheres.

No texto, ele dizia que as mulheres antigamente eram mais fáceis de lidar, porque só cuidavam dos afazeres do lar. Mas depois de queimar seus sutiens, ficaram mais exigentes. Não bastava apenas dar um jogo de panos de prato. (sim, ele dizia isso no texto)E para manipular seus homens, essas mulheres começaram a fazer greve de sexo.
Para completar, o relator ainda falava sobre a ardua tarefa de um homem em TER que reparar no novo corte de cabelo da mulher, na unha feita e no seu peso.

Recordei das propagandas e clichês dos anos 90. Me senti como se estivesse ali, ouvindo uma conversa de homens grosseiros em uma mesa de bar.
Não posso acreditar que tantos anos depois, há homens que ainda reflitam sobre essas questões. Não acredito que as pessoas ainda não compreenderam que o ser humano, de uma forma geral, é complexo. E isso independe do sexo.
Mas pude perceber pela quantidade de curtidas na postagem que muitas pessoas se indentificam com esse tipo de comportamento. O que é triste é que até mulheres se enquadravam no perfil.

Talvez por conviver com pessoas que prezam mais pelo nível intelectual, me sinto melhor quando me torno mais interessante pelo conteúdo do que pelo o que eu estou vestindo.
E qualquer um que tenha acompanhado a evolução humana sabe que uma coisa não anula a outra.
Um homem que namora uma mulher que exige ser notada por sua aparência, não deve reclamar da greve de sexo quando falha nessa missão. Uma vez que esse foi seu critério de escolha.

A não ser que você queria manter uma relação falando da nova coleção da impala, é bom começar a rever alguns conceitos.   



quarta-feira, 10 de julho de 2013

Entrelistas

Uma das piores sensações, para mim, é a sensação de esquecer algo.
Seja uma tarefa, um data de aniversário ou um sapato na mala de viagem.
Isso fez com que eu criasse a mania de fazer listas.
Para tudo.
Foi muito útil quando trabalhava com produtora.
E até hoje ainda é.

Mas o lance da lista é que ela te engessa.
Antes de dormir, eu faço uma lista de tudo que eu preciso fazer no dia seguinte.
E percebi que isso começou a transformar os dias em obrigações.
Tirando o prazer de algumas atividades.

Aquela vontade repentina de assistir um filme que eu já vi 47 vezes não era consumida.
Na lista, deveria ver aquele filme que eu estou enrolando meses para assistir.
Ficar horas mexendo em um site de compras? Não mais.
Preciso pesquisar artigos para compor meu novo personagem que sofre de uma doença crônica.
Ficar assistindo desenho animado a tarde toda?
Não, porque preciso resolver o lance da minha nota fiscal, mesmo eu não usando regularmente.
Sem contar o trabalho diário, que não entra na lista porque não tem como fugir.

Tudo isso me faz concluir que nossas prioridades são mais ligadas à obrigações do que para o prazer.
E acabamos sempre nos colocando em segundo lugar.
Fazer o que se quer realmente, é só depois de pagar as contas, assinar os papéis e arrumar a gaveta.
A sensação é que nos tornamos chefes de nós mesmos.

E dos mais cinzas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O que queremos?

No fim de semana assisti, por recomendação de um amigo, o drama Like Crazy - ou Loucamente Apaixonados em português.
Para não me estender, você pode ler a sinopse do filme aqui.
Aliás, se alguém assistir e quiser me contar sua interpretação do final, vou adorar.
Após o fim do filme, fui conversar com o amigo que me indicou e, mais tarde, com um amigo para quem eu indiquei o filme.

Para simplificar o que eu achei e o porquê de eu estar falando sobre esse filme, vou copiar e colar alguns diálogos.
Eu aprendi de nova que não deve se alimentar algo que não existe. O que não quer dizer que você tem que ficar apenas com quem quer alguma coisa de verdade, mas, você deve deixar claro - e até manter uma certa distância - que aquilo é só um momento, ou alguns momentos que seja.

"É uma questão de escolhas.... o problema é que as pessoas são egoístas....elas querem estar bem, não importa se para isso precisam enganar outras pessoas. Ok que pelo que parece no filme, eles tinham um acordo mas o lance de vc ficar alimentando algo é chegar no ponto que chegou: o cara acreditar que a garota queria ficar msm com ele, pedi-la em casamento e ser rejeitado".

Sim, eu penso assim. Eu acho egoísta e injusto. A gente nunca sabe o que o outro sente, nunca sabemos ao certo o grau do envolvimento sentimental de quem estamos juntos. E pode ser ingenuidade minha pensar assim, mas essa é minha direção.
Em um outro ponto, temos uma conclusão do filme que dá título à este post. E que não é minha:

"Eu fiquei muito sentido por eles pois entendi o final da maneira mais pessimista possível. Brigamos tanto, lutamos tanto, quisemos tanto, mas era só isso. Era só o "querer" sem saber porque queríamos..."

Comum. Tanto um caso quanto o outro é comum. Você engana e pode ser enganado; você quer por que quer mas não sabe bem o porque quer aquilo.
Corremos tanto atrás de objetivos e nos esquecemos de olhar para a vida. Olhar para o que está acontecendo paralelo a isso. Não paramos para pensar nos pós e contras que tal situação nos oferecerá.
E isso não se aplica só a relações amorosas, mas na nossa relação com a vida em todos os seus fatores.

Pode ser que na maioria das vezes que queremos alguma coisa, a queremos por orgulho, por provar que podemos ter algo.
Queremos poder. Mas nem sempre sabemos o que fazer com isso.

Uma pena.