quinta-feira, 22 de maio de 2014

Coisa de década

De uns tempos para cá, o que mais vejo pipocar por aí são textos que retratam a dificuldade de vivenciar os 20 e poucos e muitos anos.
Inclusive já me identifiquei com vários deles.
Mas nos últimos dias tenho ficado empapuçada de tanta reclamação.
E comparando com a adolescência, essa fase nem é tão difícil assim.
Voilà que o número e o grau de preocupação são bem maiores do que repetir ou não de ano.
Que ficar sem emprego é muito pior do que ter uma paixão não correspondida. (desculpa, sou capitalista)
Hoje eu já não me preocupo em ter uma identidade.
Isso é um grande peso a menos.
E, para mim, os 20 e tantos ainda são muito melhores do que os 15 e poucos.
Gosto da inconstância.
De certa forma, descobri que estar sempre sendo desafiada, muitas vezes tendo que dar muitos passos para trás ou começando do zero torna as coisas muito mais interessantes.
É como ver um filme em que muitas coisas acontecem e um filme que retrata uma história com um ou outro conflito jogado pelo meio.

Pode até ser uma forma otimista de ver as coisas.
Mas se eu continuar me apegando a tudo de genial que acontece e que ainda pode acontecer, vou passar mais tempo tentando aproveitar tudo o que é oferecido ao invés de reclamar dos problemas inevitáveis.


E aproveitar é um verbo muito mais excitante.