Esse ano, minha rotina está sendo - entre um freela e outro - ficar de olho na timeline de grupos de emprego no facebook, páginas/twitter/sites de trampos.
E quase todo dia, a busca não encontra resultados.
Pior do que isso é a cobrança de todo mundo que não vive essa realidade e é imediatista.
Perguntando se eu não penso em mudar de área;
Mudar de ideia;
Fazer outra faculdade;
Revender Avon.
E eu só não fico louca com tudo isso, porque tem algo maior que faz parte da minha rotina.
O dia pode ter sido uma bosta.
Posso ter passado a semana inteira ansiosa pela resposta daquela entrevista.
Mas se no final houver um copo de cerveja me esperando, tudo fica bem.
Não é a toa que, vira e mexe, são publicados estudos que mostram que os jovens tem bebido cada vez mais.
O ritual da mesa de bar te possibilita esquecer, um pouco que seja, todas as preocupações que voltarão com a segunda-feira.
A gente até comenta com os amigos das discussões com a mãe, da raiva do job que não pagaram, da vaga que saiu e seria incrível se fosse sua.
E eles sempre vão encher o seu copo e brindar para tudo dar certo.
Ou seja, nós não bebemos porque somos alcoólatras, bebemos porque vemos no fundo do copo, a luz do fim do túnel.