Temos o péssimo hábito de
achar que todo o sentimento incômodo e todo o adjetivo pejorativo são ruins.
E não é bem assim.
Todo mundo tem que ser, por
exemplo, um pouco egoísta.
Um pouco de desconfiança,
evita carteira vazia.
E muito sal na comida,
estraga.
De todos os proibidões, o que mais ouvimos falar é da inimiga número 1 dos livros de auto-ajuda: A INSEGURANÇA.
Você é bombardeado a todo
momento por conselhos que te exigem ser mais seguro de si, das suas escolhas,
da sua capacidade.
Num relacionamento, você JAMAIS
pode ser inseguro. Não pode?
Pode SIM!
Aliás, eu defendo que em todos
os campos da sua vida você tem que ter uma pitadinha de insegurança. Principalmente
nas relações afetivas.
A insegurança te faz mais
humilde, mais esforçado, mais atento aos sinais.
Desconfio que há um número
considerável de relações - e empregos - que foram por água abaixo devido ao excesso de segurança.
Quando estamos seguros demais,
dirigimos com mais velocidade; respondemos mal ao chefe; nos
acomodamos no relacionamento arroz e feijão.
Tem que ter insegurança. Só um
pouquinho, só pra dar um gosto.
Para que o outro seja
valorizado.
Para que exista o desejo da (re)conquista.
Para que a rapidinha antes do
jantar em família não fique só na lembrança do começo de namoro.
Deveríamos parar de achar que
tudo que é configurado como ruim, é prejudicial.
Uma tirimbinha de maldade não
faz mal a ninguém. É só saber dosar.