terça-feira, 28 de maio de 2013

Quem procura, acha?

Não há como negar a inacabável reclamação de toda uma sociedade carente de afeto. 
E isso não vem de hoje e nem veio por conta das redes sociais. Desde que há festa de família e aquela tia sem noção que pergunta E O (A) NAMORADO (A)?, há no mundo a vontade de morrer, de jogar fora toda a educação que sua mãe passou anos tentando te ensinar e mandar sua tia para a puta que a pariu. Tudo isso porque você também se faz essa pergunta quando vê sua prima mais chata e/ou baranga com um namorado.

É, eu quero dizer que sim, a culpa também é da tia. Porque os seus amigos nunca te perguntam sobre namorados(as), afinal, ou eles estão no mesmo barco que você ou desistiram de tocar nesse assunto.
No fundo eles acham que você não colabora. Provavelmente sua mãe, irmã(o) entre outros, também. 
E beeem lá no fundo você tenta negar, mas sabe que não está cooperando mesmo.

Mas espera aí! Você é socialmente ativa(o), tem vários compromissos aos finais de semana e quando não, no meio da semana também; tem mais de 400 amigos no facebook, estuda, trabalha e é rodeada(o) de gente?
Foda-se.
Dos compromissos nos finais de semana (e durante a semana), quantos casos você tirou deles? E os amigos do facebook? Rola um flerte? Na faculdade, no trabalho?


O nome disso é preguiça de gente. É, preguiça. Chega um pico da vida que você começa a ter preguiça das pessoas. Hoje, com tantas ferramentas para se conhecer uma pessoa antes mesmo de falar OI para ela, a preguiça é cada vez maior e precoce.

E então que um amigo colocou o pau (!) na mesa: Na verdade tá todo mundo procurando no lugar errado.
E estamos mesmo. Porque no fim das contas, acabamos por preferir estar com os amigos nos mesmos lugares de sempre do que encontrar alguém. Mesmo reclamando depois de não ter com quem jantar na quarta à noite ou ir no cinema naquela terça sem graça.

Vivemos o tempo que a revolução de sofá invade relações amorosas. 
Fico no aguardo da petição contra o comodismo e a marcha de gente legal, interessante e disponível na Paulista.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

01

Escrevendo em blogs (que nunca fizeram muito sucesso) desde 2003, percebi que perdi a mão para alguns assuntos. Até porque a vida hoje é bem diferente de 10 anos atrás.

O tempo passou e – ao contrário de Gian e Giovani – eu não sofri calada. Muito pior. Comecei a falar pelos cotovelos e ainda assim, sempre sobrava alguma coisa para as entrevistas de Marília Gabriela durante o banho.  (quem nunca?)
Ultimamente, percebi até uma raiva maior quando alguém me desafia em algo que tenho certeza. Outro dia mesmo discuti com uma garota sobre uma cena do filme Lua de Cristal. (“Pô, assiste no cinema, sabe?” Foi uma das minhas defesas.)

Decidi então que um pouco dessas opiniões e argumentos precisava de um novo espaço. Assim, deixo o Fertilidade Racional para dar início ao O Sassaricando.
Alguns textos do Fertilidade aparecerão aqui também.

Não vou falar de samba, nem de carnaval. Nem de como foi meu dia ou de como a música brasileira anda de mal a pior.
A não ser que me renda uma boa história.


Sobre o nome:
- Sim, tem a ver com a marchinha de carnaval;
- Sim, tem a ver com a marchinha por conta do meu sobrenome, Sá;
- Não, não foi ideia minha. Trabalho muito melhor em grupo. Créditos à Patricia Papassoni.

Agora puxa a cadeira, pede mais um copo que assunto é o que não falta.