segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Uma metáfora sobre o amor

O peso do tempo é outro às segundas-feiras.
Percebi nesta segunda quando me dei conta que ontem não me atentei ao relógio.
Não sei dizer a hora que acordei, nem a hora que almocei, nem a que horas fui dormir.
Mas nunca vou esquecer da luz que batia na janela enquanto você lia no sofá.
Também sei narrar tudo o que aconteceu no caminho até a padaria.
E as milhões de possibilidades para se salvar no caso de uma invasão zumbi.
(e eu nem gosto de zumbi, mas agradeço as dicas)
Lembro dos 4 sustos que você me deu durante o dia.
E de cada vez que me peguei rindo sozinha quando me dava conta de que sou feliz.
Às vezes eu tenho que concordar com Nietzsche e aceitar que, na verdade, amo a sensação que você me causa.
Mas tenho certeza que isso só acontece porque é você do outro lado.
E amo ver essa pessoa que existe em mim quando estou com você.
E gosto muito quando ela aparece na minha fala, na minha vontade de ir e de ficar.
Também gosto dessa pessoa que você é quando está comigo.
Me sinto bem por estarmos no mesmo tempo.
E na mesma casa.
E na mesma cama.
E com a mesma vontade de fazer dar certo mesmo quando tudo dá errado.
Cada nota da nossa trilha sonora.
E cada poesia que eu suspiro antes de dormir.
O peso da existência é mais leve quando você existe na minha vida.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Quando a gente descobre o amor

O que determina o exato momento que o amor acontece?
Será que pode ser medido?
Será que é definido?
Será que existe mesmo?
Será que provarei um dia?
Desse amor que se fala nos livros, nos filmes, nas fotos da internet...
Será?
Será que vou pensar em "pra sempre"?
Ou será que vou fugir pra sempre?
Ou pior: será que vou guardar pra sempre o tanto de amor que há em mim?
Só pra mim.
Só pra minha imaginação se perder nos labirintos dos meus desejos.
Só pra me inspirar a escrever emoções.
Só pra me fazer questionar:
Quando a gente descobre o amor?