terça-feira, 6 de agosto de 2013

Saudade com moderação

É inevitável no meio de uma conversa não lembrarmos de histórias do passado.
E nem sempre são de um passado recente.
Sempre acaba vindo à tona memórias da época do colégio, seguida da lembrança da facilidade de se viver naquela época em que a única preocupação era chegar a tempo de ver Simpsons no SBT, ou Blossom. (Poxa, Blossom... saudades!)

Daí você lembra que sua mãe perguntou ontem se você não vai encontrar um emprego decente; tomar um rumo na vida; sossegar o facho em casa e parar de zona.
Lembra que o mercado de trabalho tá tenso; que você não foi naquele show porque não tinha grana; que fica puto que os vinhos da promoção de 19,90 já acabaram.
E então, é invadido por aquela nostalgia ao pensar em como a vida era fácil.

O que é normal, claro.
É normal, é inevitável mas é sempre passageiro.
Porque se você pensar mais um pouquinho, a vida adulta tem certas vantagens que a de adolescente não tinha. E que no fundo, você não trocaria uma pela outra. 
Mas tudo bem relembrar, afinal, todo mundo se diverte com as histórias bizarras da nossa adolescência.

Chato é aquela galera que vive disso.
Aquela galera que só sabe falar das coisas que aconteceram nos anos passados.
Tanto recente, quanto distante.
É chato. É broxante. É um saco.

A impressão que eu tenho é que esse é tipo de gente não consegue ser feliz nunca.
Que é um porre como companhia e que não consegue se concentrar no que está acontecendo no momento agora.
Pior que isso é quem acha bonito ficar frisando aquela sentença:
“Saudade de tudo que eu ainda não vivi”. (ou algo do tipo)

Desse jeito, a única saudade que você vai sentir é a saudade do tempo que passou enquanto você ficava com essa frescura de sentir saudade.

E, às vezes, nem sabe do que.





Nenhum comentário:

Postar um comentário