terça-feira, 25 de junho de 2013

Prom

Outro dia estava conversando com uma amiga sobre o nosso intercâmbio e falamos de uma galera que ficou por lá.
Morar em outro país, não é minha onda. Não por muito tempo.
Um ano fora, é válido. Mais que isso, para mim, é tortura. Por uma série de coisas.
Uma dessas coisas é o fato de eu adorar boa parte da cultura brasileira.
Muita coisa que aqui temos - e não temos lá fora - é de muito valor pra mim.
E não vou falar sobre os problemas que vivemos aqui constantemente, porque o intuito não é este.

Embora eu ame meu país, tem duas coisas - no quesito fútil - que deixam um buraco na minha existência.

O armário do colégio.
O armário do colégio (que tem em algumas universidades e colégios) não é comum na nossa cultura. E isso é complicadíssimo de entender quando você tem 14 anos e é viciada em comédia romântica.
Porque em todo filme adolescente, os alunos tem armários que decoram com posters, fotos do gatinho da escola ou com frases de efeito.
E você sabe quantas histórias de amor eu não vivi por não ter um armário?
Tudo que eu precisava saber era qual o número do armário daquele cara para colocar um bilhetinho me declarando, sabe?
Mas apesar de tudo, isso não foi a minha pior frustração fútil na adolescência.

Rapidamente, pense no maior conflito dos filmes adolescentes americanos.

O Prom! O Prom, minha gente!
O tal baile de formatura que todo mundo na bendita escola, pelos corredores cheios de armários - pausa dramática - esperava chegar.
E não era só pela festa. Afinal, eu fico maluquinha nas vésperas de uma festa especial - e nem precisa ser baile de formatura.
A espera, a ansiedade e o medo do baile era se você seria convidada ou não.
É, essa é a parte não legal do Baile. Porque poderia rolar de não ser convidada para ir ao baile acompanhada e chegar lá sem aquele bouquet fofo no pulso.
E ganhar um bouquet no pulso deve ser incrível!

E os melhores convites tinham os armários como ponte. (Veja a importância do armário!)

É, podia ter encontrado o amor da minha vida no baile, mas não.
No meu primeiro baile de formatura, aos 16 anos, dei um fora no gatinho de olhos azuis que falava bem, porque eu fiquei com vergonha de todos os meus amigos verem e no dia seguinte acordei com suspeita de dengue.

Daí o trem saiu do trilho e nunca mais voltou.
Mas se eu tivesse ganhado o bouquet...



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